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ESPETÁCULOS

VEMVAI - O CAMINHO DOS MORTOS

Sinopse e Fotos
Sinopse/Realese

 

Vemvai – O caminho dos mortos foi escrito por Newton Moreno em processo colaborativo com a Cia Livre a partir da livre recriação de mitos, cantos e rituais sobre as concepções de morte indígenas. A Cia. Livre quis tomar as experiências ameríndias como parceiras do processo criativo, ao mergulhar nas narrativas míticas de diversos povos, tais como os Amuesha, Araweté, Yekuana, Marubo, Wayãpi, Tupinambá, Kalapalo, Kuikuro, Kaxinawá, Wari’, Juruna e Jívaro, entre outros. Nossa formação antropofágica oswaldiana se confrontou e se enriqueceu com os universos ameríndios, neste que é, sobretudo, um exercício de criação a partir da diferença e de diferentes maneiras de se experienciar o tempo.

Morrer: mudar-se. E o que ocorre quando nos deparamos com a idéia, difundida em várias cosmologias indígenas, de que morrer significa deslocar-se, transformar-se em outro? Como um corpo que troca de pele, o morto vai viver com outros entes e povos – terrenos, celestes, aquáticos, arbóreos. As transformações pela qual passa a pessoa morta são, todas elas, voltadas para relação entre a realidade de seu corpo e a de seu duplo, que deve agora aprender a ver as novas configurações reveladas pela morte – outros pontos de vista, inacessíveis à posição dos viventes, e que nos esforçamos para traduzir em cena. O morto terá propriamente um futuro social: a relação continua em outro nível e mantém seu contato com este, sem que, no entanto, a perda de um ente querido deixe de ser processada aqui por rituais de memória e passagem. E são justamente estes rituais que garantem a transformação final do morto em outro: apagados os vínculos ameaçadores que ele mantém com os viventes, o morto vai viver em seu novo estado. Narrativas e rituais procuram realizar a disjunção ou separação entre vivos e mortos dos mais diversos modos, para que uma conjunção ou proximidade excessiva não os ameace mutuamente. Um mediador está presente neste trânsito entre a vida e a morte: o xamã ou pajé, várias vezes morto ou ‘hiper-vivo’, conhece os caminhos a serem percorridos e as palavras a serem transportadas. Menos padre ou sacerdote, mais tradutor e diplomata. 

E como fazemos nós a mediação, não apenas entre dois códigos estéticos e cosmológicos distintos, mas também entre duas situações políticas assimétricas, marcadas pela dominação, pela domesticação ou pela simples indiferença? Morrer: mudar-se. Esta é uma boa maneira de poetizar o sentido da morte para as cosmologias indígenas, sempre às voltas com as relações entre corpo e alma, as separações e junções entre mortos e vivos. Pensar a morte é função primordial da arte, pois através dela investigamos também o sentido da vida na sociedade em que vivemos e nas outras com as quais convivemos. Adentrar a vida pela morte, e vice-versa, é nossa forma de realizar uma festa em homenagem ao devir e suas múltiplas manifestações. E o teatro, fenômeno por natureza efêmero, é local privilegiado para isso. 

Programação Gráfica
Programacao Grafica
Histórico

 

CRIAÇÃO DA SEDE DA CIA. LIVRE

Galpão na Rua Pirineus, 107


MITOS DE MORTE E RENASCIMENTO NA CULTURA BRASILEIRA

Estudo, dramaturgia e montagem de espetáculo inédito acompanhado por 

Oficinas/Estágio de Direção, Direção de Arte, Iluminação, Direção de cena

Realização Cia. Livre / Coordenação geral: Cibele Forjaz

Pesquisa contemplada pela Lei de Fomento para a Cidade de São Paulo/2006 - (lei 13.279/02)

 

VEMVAI - O CAMINHO DOS MORTOS

Dramaturgia de Newton Moreno em processo colaborativo com a Cia.Livre, a partir da livre recriação de mitos e cantos sobre as concepções da morte de povos ameríndios - Direção Cibele Forjaz

 

Projeto fomentado pela Lei de Fomento para a Cidade de São Paulo/2006  (lei 13.279/02)

 

Este Projeto foi realizado com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo –

 Programa de Ação Cultural 2006

 

Temporadas:

SESC Avenida Paulista – de 31 de  Março a 29 de Julho de 2007

Rio de Janeiro: SESC Copacabana – Fevereiro de 2008 

Caixa Cultural São Paulo  - Outubro/novembro de 2008

Temporada de abertura da Casa Livre - de 4 de Fevereiro a 12 de abril de 2009

Festivais/Viagens:

Mostra de Artes de Suzano – Agosto 2007

Mostra SESC Cariri de Teatro – Novembro/2007

 X Festival Recife do Teatro Nacional – Novembro/2007

Presidente Prudente – Maio/2008

Festival Internacional de Londrina – Jun/2008

Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília – Ago/2008

Festivale - Festival de São José dos Campos – Nov/2008

Sesc Santos – Nov/2008

Centro Cultural de Serrana – Nov/2008

 

Prêmios:

Vencedor dos prêmios Contigo de Melhor dramaturgia e Cenografia.Concorreu a quatro prêmios ‘Shell’ de Teatro 2007: Direção, Cenografia, Atriz e Música.

Vencedor dos prêmios Shell de Direção (Cibele Forjaz) e atriz (Lucia Romano)

Ficha Tecnica e Historico
Ficha técnica original 

VEMVAI – O CAMINHO DOS MORTOS

escrita por Newton Moreno, em processo colaborativo com a equipe da Cia.Livre

 

Time de atores-criadores

Christian Amêndola 

Eda Nagayama

Edgar Castro

Eduardo Gomes

Henrique Guimarães

José Eduardo Domingues

Lúcia Romano

Raquel Anastásia


Músicos

Luiz Gayotto  (violão e voz)/Godoy Jr [ D1G1GARD3N ] (lap-top) Nina Blauth (percussão)

 

Contraregra e Diretor de Cena

Elias Ferreira

 

Preparação corporal e coreografias

Thiago Antunes / Cuca Bolaffi / Juliana Moraes

 

Cenotécnico e zelador do Galpão da rua Pirineus

Pedro Verde

 

Produção executiva

Alessandra Câmara / Juliana Osmondes / Silvia Marcondes Machado

 

Estagiários de Iluminação

Nelson Kao e a Luana Gouveia

 

Desenho de luz

Lucia Chediek

 

Confecção de adereços

Tatiana Nozes e Heidi Monezzi

 

Assistente de Figurino

Chell Egli

Co-Direção de arte

Vanessa Poitena

Direção de arte

Simone Mina

Direção vocal interpretativa

Lucia Gayotto

Direção musical e Trilha Sonora Original

Luiz Gayotto

Direção de produção e Administração

Henrique Mariano

Orientação do estudo, pesquisa e traduções

Pedro Cesarino


Dramaturgia

Newton Moreno

Direção geral do projeto e encenação

Cibele Forjaz

Plantas
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Imprensa
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Acervo digital
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